Para a família, é sempre difícil tomar esta decisão, pois sempre se espera que o dependente caia em si e perceba que a droga está destruindo sua vida, optando assim por se tratar e aceitando a internação de modo voluntário.
Porém há situações em que infelizmente isso não acontece e as coisas chegam a um ponto no qual a família se vê obrigada a tomar uma decisão. Mas que ponto é esse? Até quando se pode suportar um pouco mais e esperar que as coisas se modifiquem? Saiba mais sobre isso neste texto.
Até onde suportar?
É mais cômodo e mais simples, logicamente, esperar que a pessoa tome a decisão de se tratar. Por outro lado, a maioria dos dependentes químicos não tem consciência de que está doente. Eles acham que conseguirão a qualquer hora parar de usar drogas o que não é verdade.
À medida que os conflitos familiares crescem, não se tem como ter certeza do que pode ocorrer. Alguns indivíduos aceitam se tratar. Outros saem de casa e preferem viver nas ruas. Há aqueles que aparecem apenas algumas vezes por semana e podem até furtar itens da própria residência para manter o vício.
O momento em que você percebe que é perigoso suportar mais qualquer coisa é quando se pode notar que seu ente querido se tornou um perigo para si e para os outros. Isso se dá quando ele está em abstinência e cai em profunda depressão, podendo tentar o suicídio ou quando se torna tão agressivo que pode gerar um caso de violência doméstica, por exemplo.
Nessa hora, é importante, por mais que doa, tomar a iniciativa de buscar uma internação para ele ainda que contra a sua vontade.
Como funciona a internação involuntária?
A família pode procurar uma clínica de seu interesse e solicitar a internação. A maior parte delas dispõe de um serviço que permite buscar o dependente de forma discreta, em carro descaracterizado, com o objetivo de tornar o mais tranquila possível a remoção da pessoa para a clínica.
A partir do momento em que a internação se configura, o local tem até 72h para comunicar isso ao Ministério Público.
O paciente deve ser examinado por uma equipe, o que inclui o médico clínico, que checará a saúde geral da pessoa, e o médico psiquiatra, que avaliará a saúde mental do indivíduo. Outros profissionais, como psicólogo, terapeuta e nutricionista também avaliarão o paciente.
Nesse momento, se iniciará uma jornada longa em que é fundamental o apoio da família para que se tenha sucesso. Com o tempo e a terapia, o dependente vai caindo em si e percebe que ser internado é a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido.
Se você não sabe por onde começar, entre em contato com a equipe da Clínica Uplife! Eles poderão lhe orientar sobre todos os procedimentos necessários. Cuide da saúde dos seus entes queridos sempre!